Páginas

Entre janelas, abismos e riscos.

 O que nos espera lá fora?
O que tememos tanto encontrar?
Por que não arriscamos e preferimos apenas ver o mundo pela janela?
Dentre tantas perguntas, acredito que o ser humano não seja um ser covarde por natureza. O que nos faz ficar estancados em um lugar, sem nos arriscarmos está longe de ser algo grande, monstruoso e amedrontador.É simplesmente o medo.Sentimos medo de falhar em nossas escolhas, de frustrar nossos sonhos, de não vivermos tudo aquilo que planejamos e idealizamos viver.
No meu ambiente cotidiano(espero que por pouco tempo)-vulgo ''Cursinho''- deparo-me com tantas inseguranças, medos, angústias reprimidas, indecisões e diversos sentimentos de cunho um pouco imaturo. É claro que o medo é necessário em nossas vidas-afinal,se fosse ausente,talvez não teríamos uma sensação segura e necessária de autopreservação- mas não deve ser primordial.
Em meu segundo ano de cursinho-sim, mais um ano revendo tudo e me preparando pro ''batalhão'' de novembro-acho que estou cansada de pessoas amedrontadas(incluindo a mim mesma, não me excluo dos um pouco medrosos,com certeza)e que preferem permanecer em sua zona de conforto ao invés de arriscar uma profissão e seguir adiante,vendo em que oceano suas escolhas desembocariam.
Sempre haverá riscos. Mas se não arriscarmos, então, para que viver? Sempre com as mesmas seguranças mesquinhas, agarrando-se às mesmas válvulas de escape (a bebida, o cigarro, as relações afetivas e o tal 'sexo sem compromisso', carros luxuosos, casas suntuosas rodeadas de seguranças físicas-falsas seguranças). Acho que o ser humano é muitas vezes previsível até demais. E não por haver pessoas ótimas em análises comportamentais, mas porque são sempre as mesmas atitudes, os mesmos medos, os mesmo dissabores individuais e coletivos.
Então, para que fugir? Por que não enfrentar o vento de frente e deixar-se ser carregado por ele até onde pararmos?
Talvez nunca tenhamos completa certeza do que há lá fora,mas com certeza apenas 'olhando pela janela', sem nos lançarmos na rua das ilusões, continuaremos os mesmos:inseguros, cada vez mais amedrontados e com a eterna pergunta rondando-nos a mente:O que há diante de nós?

Read Comments
  • Digg
  • Del.icio.us
  • StumbleUpon
  • Reddit
  • RSS